sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A OPERAÇÃO LAVA JATO EM XEQUE!



A morte inesperada de Teori abala o Brasil e deixa a Operação Lava Jato,  a principal operação de combate à corrupção do País,  em xeque. 
O ex-ministro era respeitado por envolvidos, desafetos e aliados da operação comandada pelo juiz Sérgio Moro e não vai ser nada fácil  encontrar um sucessor para ele com um perfil semelhante, já que um novo ministro levaria um bom tempo para dominar o assunto.

O relator exercia um papel crucial. Além dos processos regulares na Corte, o ministro acumulava em seu gabinete mais de 50 inquéritos e ações penais da Lava Jato. 
Cabia a ele conduzir os inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado e, no momento, o caso mais importante que ainda aguardava sua homologação, era a delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, a mãe de todas as delações com potencial para implicar políticos dos mais diversos partidos.
O ato, que oficialmente reconhece a validade jurídica dos acordos, estava previsto para o início de fevereiro. Só a partir dele, a Procuradoria Geral da República (PGR) poderia iniciar novas investigações com base nos depoimentos. 


A depender do roteiro a ser traçado a partir dos próximos dias, o futuro da Lava Jato pode estar em xeque, já que a definição do novo relator da Lava Jato ainda é incerta, mas pela letra fria da lei, deveria ser feita por Michel Temer e referendada pelo Senado Federal, onde 13 parlamentares são investigados pela Lava Jato. 
O próprio presidente da República foi citado por delatores e tem alguns de seus correligionários na alça de mira da Justiça. Ou seja, pelas regras atuais, ele pode escolher quem vai investigar os seus.

Também existe a possibilidade da presidente do STF sortear entre os componentes da Segunda turma composta dos ministros: 
Ministro Gilmar Mendes - Ministro Celso de Mello - Ministro Ricardo Lewandowski -
Ministro Dias Toffoli...
E isso seria uma calamidade visto que temos ali pelo menos dois petralhas enrustidos!

Se ainda é cedo para precisar como a morte de Teori impactará o futuro dos envolvidos no Petrolão, uma coisa é líquida e certa: haverá um atraso considerável na condução das homologações das delações premiadas dos executivos Odebrecht. 
Integrantes do Ministério Público Federal calculam que os trabalhos serão postergados por no mínimo três meses, até que o processo volte a atingir a velocidade ideal. 

Em nota, Moro deu a dimensão da importância de Teori para o andamento da operação: “Teori Zavascki foi um grande magistrado e um herói brasileiro. Sem ele, não teria havido a Operação Lava Jato. Espero que seu legado, de serenidade, e firmeza na aplicação da lei, independente dos interesses envolvidos, ainda que poderosos, não seja esquecido.” 
É o que todos esperamos!


REAGE BRASIL!

Fonte: Revista Isto é.

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